Embora tem constituído desta forma, os presentes presentes não necessariamente precisa ter um valor financeiro.
pensando nisto e na minha vontade de escrever um conto, resolvi escrever um em homenagem a uma amiga aproveitando um ocorrido com nós entre nossas mensagens trocadas por celular - detalhe que eu não conheço pessoalmente, nos comunicamos por mensagens de celular e por rede sociais - no periodo da manhã.
Conto do Sorriso
Sabe
a fase em que as crianças estão se descobrindo?
Bom
Gabriella conhecia pouco da vida, normal, era uma criança ainda, tinham sete
anos, sempre quando ouvia o som de alguém mexendo na caixa de correspondência,
sabia que era o carteiro e corria pra pegar as cartas, pena que poucas pessoas
se comunicam por este meio atualmente, diferente do período de seus avós onde
escreviam cartas para os parentes distantes, hoje chagam apenas contas do qual
ela deixava sobre a estante. A maior distancia que conhecia (e este era seu
mundo) era da sua casa até a loja de doce mais próxima onde era atendido pelo
seu Pança, homem que agitava um pano de um lado pro outro.
Conhecia
o suficiente da vida para uma criança de sua idade, um exemplo interessante pra
isto foi quando foi perguntada de onde vinha o leite e sua resposta ingênua e
espontânea tal qual apenas as crianças e um numero muito reduzido de adultos
tem, disse: “da caixinha, olha ali na geladeira”, isto foi o suficiente para os
adultos em dar mil gargalhadas achando aquilo lindo e cômico, dias depois, esta
história era repetida precedendo de “olhe que gracinha, sabe o que ela disse
esta semana?...”.
Gabriella
pensava: “muito estranho o mundo dos adultos, eles sempre pareceram muito sérios,
e riem nas situações mais estranhas”. Ela até o presente momento não entendia porque
rir por uma resposta simples da qual ela disse, muito estranho mesmo, talvez
tenha um motivo especial para os sorrisos deles. Foi dai que ouviu uma vê seu
tio dizer para si mesmo que “não esta fácil pra ninguém, o jeito é sorrir pra
ver o dia melhorar”.
Sua
cabeça acendeu uma lâmpada, em um curto segundo cada centímetro do seu cérebro
borbulhava coisas e uma ideia ficou fixa: “sorrir para o dia melhorar”, olhou pela
janela e viu aquele tempo fechado, era umas quatro horas da tarde, período em
que sempre passa uma nuvem e tampa o sol por poucos minutos.
Ameaçou
um sorriso tímido, daqueles que se dá quando os adultos me puxam as bochechas e
falam com uma voz diferente de sua habitual como se quisesse passar uma
mensagem que nunca ela entende, talvez porque os adultos tem a constante
impressão que as crianças não pensam e não sabe do que gostam, sempre tratam as
crianças como se fossem incapaz de compreender as coisas, bom, ela conhecia o
caminho até a doceria, não morreria mais de fome, muito embora a teria cárie,
sabia quando era o carteiro, por que os então nos trata como se não soubéssemos
de nada?
Bom,
ao dar aquele sorriso tímido, percebeu aos poucos, o sol sair de trás da nuvem,
percebendo aquele movimento, sentiu-se responsável e abriu um sorriso de orelha
a orelha até que em menos de 2 minutos, o sol estava brilhando no céu, com uma
intensidade que causa até queimaduras nas peles mais descuidadas que ficam
muito tempo expostas por mais de 30 minutos.
A
partir deste dia, por se sentir responsável pelo tempo, passou a acordar cedo,
abrir a janela e sorrir, sentiu vontade de contar a seus pais que descobriu
porque eles riam por nada, mas algo o fez deixar pra lá, pensava alto: “os adultos nunca compreenderiam a
lindeza daquela descoberta, eles se interessariam mais em saber por exemplo
quantos metros de distancia esta o sol de sua casa?”.
Porém
num belo dia, o carteiro trouxe um jornal, entre as paginas ela viu algumas
fotos sobre a seca na região do nordeste, não chovia a meses, os bois estavam
morrendo de sede, as crianças com as costelas a mostra, braços e pernas
fininhos que parecia palito de dentes, porém tinham umas barrigas enorme,
daquela que pode ser bem confundidas com o seu Pança da doceria.
Parou, permaneceu com olhar fixo sobre aquelas
crianças, ela não aparentavam felicidade, muito pelo contrário, as dificuldades
os traiam um rosto carregado, como se tivessem envelhecido o dobro de sua
idade, percebeu que o sol estava lindo naquela região, nenhuma nuvem no céu e que
a seca era devido a falta de chuva, ela ao se deparar com aquela imagens, não
teve alternativa, se zangou, por um momento não queria mais sorrir, nada
pensava que seu sorriso foi causador daquela seca, nisto, ela precisava ficar
triste para que chovesse no nordeste.
Tentou
de tudo, jogou suas bonecas fora, rabiscou as paredes de casa, brincou com
fogo, fez xixi na cama, e tudo que ganhou foi broncas e mais broncas, percebeu
que independente de seu sorriso o tempo brilhava irradiante, o carteiro
permanecia entregando as cartas perfumadas de algum rapaz apaixonado para a
moça do final da rua na casa à esquerda, o senhor pança da doceria continua com
seu pano de prato espantando as moscas que insistem em pousar nos doces, tudo
aparenta estar nos seus conformes, exceto seus pais que não entendem a sua mudança
repentina de comportamento, o que não deixa de estarem nos conformes, os
adultos ficam perdidinhos quando as crianças não submentem irracionalmente aos
seus mandamentos.
Na outra
semana ao chegar o jornal, as imagens eram semelhantes, ela então constatou definitivamente
que seu sorriso não interferia no clima, e isto de certa forma a desanimou, ela
não tinha tamanha importância mais, seu risos não faziam tanto sentido, por que
rir então?
Foi então
que no outro dia ao olhar a janela, percebe um rapaz desajeitado, ela olhando
ri para aquele sujeito que em menos de 10 passos, havia tropeçando na guia da
calçada, pisado no chiclete e por fim, pisado numa poça de lama, ela sorriu,
ele olhou, a percebeu e retribuiu a risadas, e logo seguiu seu caminho até o
final da rua, quando foi em direção a casa da esquerda.
Sentiu-se bem da retribuição dos risos, naquele
dia, tinha chovido um pouco antes, percebeu independente de seus risos
interferirem no tempo, porém, eles interferem na vida das demais pessoas e
inclusive na sua, a partir deste dia, resolvido esta questão, ela partiu para
compreensão de outras coisas como: "por que os pássaros voam? de onde vêm
os bebês?" e o mais interessante é que sempre com um sorriso ao rosto
enquanto pensava nas possíveis resposta para aquilo.