aos poucos que se interessam por ler isto, declaro que estão bem vindo. aqui é onde posto algumas coisas que acho pertinentes que acontece comigo, não escrevo tudo por que infelizmente esto é algo que não pertence a classe-que-vive-de-dua-força-de-trabalho, logo faço isto de sopetão. mesmo sendo constantemente forçado a caler-me, faz aqui meu grito

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5/25/2013


Conto do Sorriso

Embora tem constituído desta forma, os presentes  presentes não necessariamente precisa ter um valor financeiro.
pensando nisto e na minha vontade de escrever um conto, resolvi escrever um em homenagem a uma amiga aproveitando um ocorrido com nós entre nossas mensagens trocadas por celular - detalhe que eu não conheço pessoalmente, nos comunicamos por mensagens de celular e por rede sociais - no periodo da manhã.

Conto do Sorriso
Sabe a fase em que as crianças estão se descobrindo?
Bom Gabriella conhecia pouco da vida, normal, era uma criança ainda, tinham sete anos, sempre quando ouvia o som de alguém mexendo na caixa de correspondência, sabia que era o carteiro e corria pra pegar as cartas, pena que poucas pessoas se comunicam por este meio atualmente, diferente do período de seus avós onde escreviam cartas para os parentes distantes, hoje chagam apenas contas do qual ela deixava sobre a estante. A maior distancia que conhecia (e este era seu mundo) era da sua casa até a loja de doce mais próxima onde era atendido pelo seu Pança, homem que agitava um pano de um lado pro outro.
Conhecia o suficiente da vida para uma criança de sua idade, um exemplo interessante pra isto foi quando foi perguntada de onde vinha o leite e sua resposta ingênua e espontânea tal qual apenas as crianças e um numero muito reduzido de adultos tem, disse: “da caixinha, olha ali na geladeira”, isto foi o suficiente para os adultos em dar mil gargalhadas achando aquilo lindo e cômico, dias depois, esta história era repetida precedendo de “olhe que gracinha, sabe o que ela disse esta semana?...”.
Gabriella pensava: “muito estranho o mundo dos adultos, eles sempre pareceram muito sérios, e riem nas situações mais estranhas”. Ela até o presente momento não entendia porque rir por uma resposta simples da qual ela disse, muito estranho mesmo, talvez tenha um motivo especial para os sorrisos deles. Foi dai que ouviu uma vê seu tio dizer para si mesmo que “não esta fácil pra ninguém, o jeito é sorrir pra ver o dia melhorar”.
Sua cabeça acendeu uma lâmpada, em um curto segundo cada centímetro do seu cérebro borbulhava coisas e uma ideia ficou fixa: “sorrir para o dia melhorar”, olhou pela janela e viu aquele tempo fechado, era umas quatro horas da tarde, período em que sempre passa uma nuvem e tampa o sol por poucos minutos.
Ameaçou um sorriso tímido, daqueles que se dá quando os adultos me puxam as bochechas e falam com uma voz diferente de sua habitual como se quisesse passar uma mensagem que nunca ela entende, talvez porque os adultos tem a constante impressão que as crianças não pensam e não sabe do que gostam, sempre tratam as crianças como se fossem incapaz de compreender as coisas, bom, ela conhecia o caminho até a doceria, não morreria mais de fome, muito embora a teria cárie, sabia quando era o carteiro, por que os então nos trata como se não soubéssemos de nada?
Bom, ao dar aquele sorriso tímido, percebeu aos poucos, o sol sair de trás da nuvem, percebendo aquele movimento, sentiu-se responsável e abriu um sorriso de orelha a orelha até que em menos de 2 minutos, o sol estava brilhando no céu, com uma intensidade que causa até queimaduras nas peles mais descuidadas que ficam muito tempo expostas por mais de 30 minutos.
A partir deste dia, por se sentir responsável pelo tempo, passou a acordar cedo, abrir a janela e sorrir, sentiu vontade de contar a seus pais que descobriu porque eles riam por nada, mas algo o fez deixar pra lá, pensava alto:           “os adultos nunca compreenderiam a lindeza daquela descoberta, eles se interessariam mais em saber por exemplo quantos metros de distancia esta o sol de sua casa?”.
Porém num belo dia, o carteiro trouxe um jornal, entre as paginas ela viu algumas fotos sobre a seca na região do nordeste, não chovia a meses, os bois estavam morrendo de sede, as crianças com as costelas a mostra, braços e pernas fininhos que parecia palito de dentes, porém tinham umas barrigas enorme, daquela que pode ser bem confundidas com o seu Pança da doceria.
 Parou, permaneceu com olhar fixo sobre aquelas crianças, ela não aparentavam felicidade, muito pelo contrário, as dificuldades os traiam um rosto carregado, como se tivessem envelhecido o dobro de sua idade, percebeu que o sol estava lindo naquela região, nenhuma nuvem no céu e que a seca era devido a falta de chuva, ela ao se deparar com aquela imagens, não teve alternativa, se zangou, por um momento não queria mais sorrir, nada pensava que seu sorriso foi causador daquela seca, nisto, ela precisava ficar triste para que chovesse no nordeste.
Tentou de tudo, jogou suas bonecas fora, rabiscou as paredes de casa, brincou com fogo, fez xixi na cama, e tudo que ganhou foi broncas e mais broncas, percebeu que independente de seu sorriso o tempo brilhava irradiante, o carteiro permanecia entregando as cartas perfumadas de algum rapaz apaixonado para a moça do final da rua na casa à esquerda, o senhor pança da doceria continua com seu pano de prato espantando as moscas que insistem em pousar nos doces, tudo aparenta estar nos seus conformes, exceto seus pais que não entendem a sua mudança repentina de comportamento, o que não deixa de estarem nos conformes, os adultos ficam perdidinhos quando as crianças não submentem irracionalmente aos seus mandamentos.
Na outra semana ao chegar o jornal, as imagens eram semelhantes, ela então constatou definitivamente que seu sorriso não interferia no clima, e isto de certa forma a desanimou, ela não tinha tamanha importância mais, seu risos não faziam tanto sentido, por que rir então?
Foi então que no outro dia ao olhar a janela, percebe um rapaz desajeitado, ela olhando ri para aquele sujeito que em menos de 10 passos, havia tropeçando na guia da calçada, pisado no chiclete e por fim, pisado numa poça de lama, ela sorriu, ele olhou, a percebeu e retribuiu a risadas, e logo seguiu seu caminho até o final da rua, quando foi em direção a casa da esquerda.
Sentiu-se bem da retribuição dos risos, naquele dia, tinha chovido um pouco antes, percebeu independente de seus risos interferirem no tempo, porém, eles interferem na vida das demais pessoas e inclusive na sua, a partir deste dia, resolvido esta questão, ela partiu para compreensão de outras coisas como: "por que os pássaros voam? de onde vêm os bebês?" e o mais interessante é que sempre com um sorriso ao rosto enquanto pensava nas possíveis resposta para aquilo.





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