aos poucos que se interessam por ler isto, declaro que estão bem vindo. aqui é onde posto algumas coisas que acho pertinentes que acontece comigo, não escrevo tudo por que infelizmente esto é algo que não pertence a classe-que-vive-de-dua-força-de-trabalho, logo faço isto de sopetão. mesmo sendo constantemente forçado a caler-me, faz aqui meu grito

Pages

9/23/2011


+ uma coisa que aprendi - versão 2.0

Percebendo que realmente, existe pessoas que leem este blog,
me senti na responsabilidade de reformular um post de praticamente um mês atras,

caso tenham curiosidade qual, acessem:


e que devido as pressões externas as pessoas não demonstram
ou mesmo reprimem a sua manifestação de sentimentos em publico.
e que podemos arrumar desculpa para tudo, ou fugir de todos, mas nunca de nós mesmos

aprendi que existe diversas formas de amar ao próximo,
porém socialmente estas manifestações ainda se manifestam em gesto simples
como palavras afetivas,
abraços, beijo na face, telefonemas inesperados a qualquer hora do dia ou da noite.
o valor de ser lembrado sempre e sempre,
estar em convergência com o outro,
e não me envergonho em dizer que isto não é pedir demais, embora neste mundo realmente encontrar pessoas assim esta se tornado difícil.

Sei que neste mundo sempre tem alguém que  nos consideram e demonstra isto das diversas formas possíveis,
mas isto não descarta o sentimento que vira e mexe temos de estar faltando algo.

algo me diz que a tese que não basta apenas amar ainda esta de pé.

0

frase para nunca esquecer,

A felicidade é um sentimento simples; você pode encontrá-la e deixá-la ir embora, por não perceber a sua simplicidade

Mário Quintana

0

9/18/2011


Uma hora e mais outra

Há uma hora triste
que tu não conheces.
Não é a da tarde
quando se diria
baixar meio grama
na dura balança;
não é a da noite
em que já sem luz
a cabeça cobres
com frio lençol
antecipando outro
mais gelado pano;
e também não é a
do nascer do sol
enquanto enfastiado
assistes ao dia
perseverar no câncer,
no pó, no costume,
no mal dividido
trabalho de muitos;
não a da comida
hora mais grotesca
em que dente de ouro
mastiga pedaços
de besta caçada;
nem a da conversa
com indiferentes
ou com burros de óculos,
gelatina humana,
vontades corruptas,
palavras sem fogo,
lixo tão burguês,
lesmas de blackout
fugindo à verdade
como de um incêndio;
não a do cinema
hora vagabunda
onde se compensa,
rosa em tecnicólor,
a falta de amor,
a falta de amor,
A FALTA DE AMOR;
nem essa hora flácida
após o desgaste
do corpo entrançado
em outro, tristeza
de ser exaurido
e peito deserto;
nem a pobre hora da evacuação:
um pouco de ti
desce pelos canos,
oh! Adulterado,
assim decomposto,
tanto te repugna,
recusas olhá-lo:
é o pior de ti?
Torna-se a matéria
nobre ou vil conforme
se retém ou passa?
Pois hora mais triste
ainda se afigura;
ei-la, a hora pequena

que desprevinido
te colhe sozinho
ou na rua ou no catre
em qualquer república;
já não te revoltas
e nem te lamentas,
tampouco procuras
solução benigna
de cristo ou arsênico,
sem nenhum apoio
no chão ou no espaço,
roídos os livros,
cortadas as pontes,
furados os olhos,
a língua enrolada,
os dedos sem tato,
a mente sem ordem,
sem qualquer motivo
de qualquer ação,
tu vives: apenas,

sem saber por quê,
como, para quê,
tu vives: cadáver,
malogro, tu vives,
rotina, tu vives
tu vives, mas triste
duma tal tristeza
tão sem água ou carme,
tão ausente, vago,
que pegar quisera
na mão e dizer-te:
Amigo, não sabes
que existe amanhã?

Então um sorriso
nascera no fundo
de tua miséria
e te destinara
a melhor sentido.
Exato, amanhã
será outro dia.
Para ele viajas.
Vamos para ele.
Venceste o desgosto,
calcaste o indivíduo,
já teu passo avança
em terra diversa.
Teu passo, outros passos
ao lado do teu.
O pisar de botas,
outros nem calçados,
mas todos pisando,
pés no barro, pés
n'água, na folhagem.
Pés que marcham muitos,
alguns se desviam,
mas tudo é caminho.
Tantos: grossos, brancos,
negros, rubros pés,
tortos ou lanhados,
fracos, retumbantes,
gravam no chão mole
marcas para sempre:
pois a hora mais bela
surge da mais triste.

Carlos Drummond de Andrade - Rosa do Povo
0

9/15/2011


nos dias tristes

pessoal,
acredito que não é novidades para ninguém o meu silencio e minha vontade de sumir no mundo,

tenho uma insatisfação eterna da qual eu tento resolver, mas nunca consigo, realmente é pedir demais, não sou merecedor de nada nesta merda de vida,

todos nos vivemos felicidades efêmeras,
então curtam enquanto a tempo,
vamos empurrando com a barriga
e fingindo que tudo esta bom
por que realmente tudo pode piorar
só temos esta vida
então é melhor ficar infeliz até o final mandendo-se vivo,
do que dá cabo logo disto
NÃO!
cansei disto
por que estamos a cada dia com tanto medo de não nos machucar que não enxeramos que estamos machucando o próximo.

___________________

uma amiga e compa tentando me tirar deste marasmo, com aquelas mesmas mensagem psicologizante me fez recordar de uma música,
se é que alguem lê este blog, ouçam ai abaixo



     Mulheres Negras

                         Dead Fish

                                                        E se um dia tivéssemos que resistir, 
e se tudo que fizéssemos fosse em vão? 
A vida mesmo assim teria uma razão. 
Manter-se de pé e esperar. 
E se não fossemos tão jovens ainda estaríamos aqui? 
E se não pudéssemos mais cantar,
nem reclamar nem protestar? 
Fingiríamos esquecer nosso ideal ou lutaríamos agora pra valer? 
Os tombos da vida nos fazem crescer e não devemos desistir... 
Mas então vamos lá, 
lutar por um ideal. 
Se viver é resistir, e
ntão será... 

E ai poderemos sorrir como mulheres negras, 
que apesar de todo sofrimento se negam a chorar.
0

9/14/2011


um apêndice ao poema de BRECHT

Se Fossemos Infinitos

Fossemos infinitos
Tudo mudaria
Como somos finitos
Muito permanece.
Bertolt Brecht





contribuição a brecht:

se fossemos infinitos,
teríamos tempo para tudo
mas como somos finitos,
curtir esta triteza de saber que me falta algo é o que me resta para hoje.
0

9/08/2011


José Paulo Netto - O Método em Marx (mp3)



Dando prosseguimento à divulgação de materiais básicos para o movimento de rediscussão da obra marxiana em tempos de crise do capital, disponibilizo aqui os arquivos de áudio (mp3) de um curso ministrado pelo prof. José Paulo Netto sobre o método em Marx.

Aqui ele apresenta o percurso intelectual de Marx no contexto histórico de crise social alemã e européia do século XIX, que contou com a constituição do proletariado enquanto classe-para-si, especialmente a partir de 1848. Apresenta a especificidade da obra marxiana e suas diferenças essenciais - do ponto de vista teórico-metodológico e político - aos principais pensadores das ciências sociais, como Weber e Durkheim.
T
O curso está dividido em 10 arquivos.
joy it!
Aula 1 - parte 1
Aula 1 - parte 2
Aula 2 - parte 1
Aula 2 - parte 2
Aula 3 - parte 1
Aula 3 - parte 2
Aula 4 - parte 1
Aula 4 - parte 2
Aula 5 - parte 1
Aula 5 - parte 2
0